O modo belo da terra: Ártemis na América nativa

Jamais esquecerei ter visto vários dançarinos; os homens com peles de raposa balançantes presas às nádegas, perfilando-se em San Geronimo, e as mulheres com chocalhos de semente seguindo atrás. Os longos cabelos negros dos homens, ondulantes, cintilantes. Até na antiga Creta cabelos compridos eram sagrados para um homem, como ainda são para os índios. Jamais esquecerei o canto solene dos homens nos tambores, avolumando e definhando, o som mais solene que já ouvi na minha vida, mais grave que o trovão, mais grave que o som do Oceano Pacífico, mais grave que o rugir de uma profunda cachoeira: o maravilhoso som solene de homens convocando as profundezas inomináveis.
De Phoenix, citado por D.H. Lawrence em 1928, no ensaio "New Mexico", em A Deusa Interior

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