O exagero das defesas

"Assim como os animais, os seres humanos são dotados de um sistema natural de defesa que cumpre bem suas finalidades diante do perigo imediato (...) e todas as respostas são adequadas e nos ajudam a lidar com a ameaça real. Mas diferentemente dos animais selvagens, os seres humanos tendem a estender e perverter essa capacidade natural de defesa. Além de tentarmos lutar contra a realidade da dor física e da inevitabilidade da morte física, tamnbém tentamos nos defender da dor emocional, dos golpes sofridos pelo ego e também pelo corpo. Em vez de reservar a reação de defesa natural apenas ara sitauções de real perigo, invocamos as defesas sempre que a ameaça se dirige contra a autoestima. (...) Mas o que é que está realmente em perigo? Nosso eu real, espiritual, jamais pode ser realmente ameaçado, pois é imortal. Nosso bem-estar físico não pode ser ameaçado por palavras e opiniões, por mais hostis que sejam. A ameaça que percebemos, portanto, se dirige contra o ego, e o elemento mais facilmente ameaçado é a máscara do ego, uma frágil identidade que se assenta na ideia de quem pensamos que deveríamos ser. Alguma coisa ameaça nos deixar expostos, tornar-nos outra vez vulneráveis a mágoas esquecidas, e destruir a versão idealizada, limitada e instável de nós mesmos. (...) E sempre que você está na defensiva, sua meta primordial não pode ser a verdade.Quando se trata de perigos irreais então, a verdade está sempre em outro lugar, e consequentemente, no estado defensivo, você se afasta de si mesmo, da verdade e da vida. Tudo isso se deve a um conceito equivocado de perfeccionismo, segundo o qual o valor e a aceitabilidade que voc~e tem estão em jogo devido à sua imperfeição. (...) O fato de ter uma máscara que deve ser o tempo todo defendida gera um medo constante de ser inadequado." Susan Thesenga O Eu Sem Defesas, "A compreensão do eu-máscara" (p. 128)

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